Nomes vulgares: Acácia-do-japão ou sófora.
Utilizações/Curiosidades: O nome vulgar também utilizado para designar a Acácia do Japão (sófora), deriva do nome científico Sophora, utilizado para designar outra árvore muito semelhante, da mesma família. O outro nome vulgar indica a origem da espécie e a sua semelhança com as verdadeiras acácias. Apesar de ser uma árvore originária do continente asiático foi muito difundida pelo Japão. também neste país se conhece pelo nome de "árvore dos pagodes", já que se cultiva abundantemente desde à cerca de mil anos ou mais, junto dos templos (pagodes).

Um missionário Jesuíta francês, encontrou durante as suas viagens pela China esta espécie e enviou as suas sementes em 1747 a Bernardo de Jussieu, plantando-a no famoso Jardim de plantas de Paris. Mais tarde as sementes foram enviadas para o resto da Europa e desde alí se difundiram para muitas partes do mundo; entre as quais o Japão. Tanto aqui como na China era utilizado em terrenos próximos dos templos e dos cemitérios. Na antiga literatura chinesa, refere-se que a Sófora foi cultivada desde o início da era Cristã e que apenas era plantada junto dos túmulos das pessoas que se tornaram personalidades notáveis.

Existem diversas variedades da Sophora japonica L., em jardinagem, uma de folhas matizadas, outra de flores de cor rosa-violeta, mas a mais destacada é a variedade pendula, de ramos pendentes. Esta variedade torna-se muito decorativa quando é isolada por exemplo num relvado. Emprega-se também como árvore de sombra; neste caso como os seus ramos são pendentes, terá que se sustentá-los ou podá-los se o objectivo é que se estendam e cubram uma superfície mais ampla. Assim cultivada, fica com um aspecto muito pitoresco, pois os seus ramos formam uma série de arcos sobrepostos, durante o Inverno.

A madeira de acácia-do-japão, é amarelada, compacta, bastante leve, dura, forte, fácil de trabalhar e de polir, mas deforma-se com a humidade, pelo que não é aconselhável para a construção. Usa-se unicamente em marcenaria. Tem a vantagem de não ser atacada pela traça, se bem que seja quebradiça e pouco duradoura. A casca e as gemas florais fornecem uma estupenda matéria corante e amarela que se destinava no Japão a tingir o vestuário do Imperador. As flores são melíferas e muito visitadas pelas abelhas. Os botões florais da Acácia do Japão, utilizados desde alguns séculos na China, além das suas propriedades tintoriais e antihemorrágicas, são actualmente uma das principais fontes de obtenção de rutósido. Este composto emprega-se em Farmácia pela sua acção vitamínica P (aumento da resistência e diminuição da permeabilidade dos capilares sanguíneos), para prevenir acidentes vasculares nos casos com problemas circulatórios.

Ecologia: A Sophora japonica L. é originária de uma área ampla que se estende desde a Coreia até ao Sudeste da Ásia, tendo sido muito difundida por muitos locais do mundo entre os quais o Japão.

Em Espanha, a sófora ou acácia-do-japão é muito frequente em jardins, ruas e passeios de quase todas as províncias penínsulares. Nos parques e passeios de Madrid encontram-se em abundância.

Esta espécie prefere os solos profundos, com humidade suficiente e bem drenados, para a boa adaptação das suas longas raízes. Necessita de muito sol se bem que aguenta o frio do Inverno e tolera a seca. É capaz de suportar os ambientes urbanos contaminados, onde pode florescer facilmente. Tem um crescimento bastante rápido e atinge uma grande longevidade. É resistente às doenças devido às substâncias defensivas que se encontram em muitas das suas partes e suportam bem a poda.